Bordado em fotografia - um exercício de memória e ampliação de repertório simbólico e narrativo.
Já pensou em bordar uma fotografia? O exercício começa antes do fazer, ainda na escolha da imagem e nas memórias vividas. Depois, nas conversas sobre a memória, sobre os detalhes que aparecem e que estavam esquecidos, e sobre as histórias que estão por trás daquela foto… aí o processo criativo acontece no fazer.
As experiências podem ser individuais ou em pequenos grupos.
![Bordado.jpg](https://images.squarespace-cdn.com/content/v1/64f4e86db30f7051bfb8674b/3d96a8e8-c262-4fe8-adac-c5a3ae7d3313/Bordado.jpg)
![8bab6bb2a6fc98aa6f82dc31344afd7c.jpeg](https://images.squarespace-cdn.com/content/v1/64f4e86db30f7051bfb8674b/c96b7b72-92bf-429a-8ab6-559ed5f7f478/8bab6bb2a6fc98aa6f82dc31344afd7c.jpeg)
![71e4b108c1ea86d9b466ff097a877449.jpg](https://images.squarespace-cdn.com/content/v1/64f4e86db30f7051bfb8674b/1725366230884-MUJK32FERC1RI3PLNMNE/71e4b108c1ea86d9b466ff097a877449.jpg)
![8a437ef421a50eeefcaea10206226a80.jpeg](https://images.squarespace-cdn.com/content/v1/64f4e86db30f7051bfb8674b/f2ce14a0-d487-4220-9e00-5b60d95f79a7/8a437ef421a50eeefcaea10206226a80.jpeg)
Furar e costurar uma foto, são uma forma de escrita, que passa pelos símbolos desenhados na imagem, e que podem chegar numa possível costura de si, pela reatualização de memórias vividas e guardadas.
O próprio exercício de escolha de uma única imagem para ser bordada, entre tantas produzidas numa narrativa de vida, já é um momento de voltar para si os olhos de uma maneira diferente. Essa curadoria é o primeiro passo para o fazer manual, porque pede tempo, contemplação das lembranças e a tarefa de materializar a escolha e colocá-la no papel, tirá-la do acervo digital guardado no celular, no meio de outras tantas imagens feitas no dia-a-dia, sem atenção.
A escolha da foto, a elaboração do projeto, a escolha da linha e da agulha, e depois, o ato de furar essa foto e costurá-la é uma sequência de tarefas que se completam com um conjunto de boas perguntas e auxílio/encorajamento do processo criativo, e que podem gerar desde a vivência de um processo criativo, até o exercício reflexivo e reordenação de si, colocando-se como um lugar de autor, não só da obra bordada, mas de toda a história por trás daquela fotografia.
“O olhar não produz a luz; somente a acolhe. Da mesma forma, o ato mais perfeito da inteligência é um ato de atenção pura.” (Louis Lavelle)
O que te faz florir pela memória?
O que te faz florir agora?